cansada de me convencer que apesar do meu individualismo, estava a tal inevitabilidade a que nos submetemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti, me iria suavizar e de alguma forma fazeres parte do meu equilíbrio, tornando-te subtilmente indispensável. nunca pensei enganar-me tanto. mas agora percebo que o meu amor por ti não foi uma inevitabilidade, mas uma escolha. sei que não vinha a fugir de nada, nem à procura de coisa nenhuma. acho sim, que já há muito tempo perdi uma parte de mim, e desde então fiquei incompleta e perdi também, quem sabe para sempre, a capacidade de adormecer nos braços de alguém sem que pense no perigo de ficar na armadilha do carinho, para todo o sempre.