sorri onde só haviam lágrimas, disse para acreditar quando eu própria não o fazia, enchi de vida o que estava morto e chorei. chorei até não poder mais porque pela primeira vez não acreditava no que estava a dizer, porque vi a morte a pavonear-se e o cheiro.. aquele cheiro. sorri onde só haviam lágrimas. as minhas lágrimas.
noutra vida vou apaixonar-me por um terrorista curdo de olhos escuros e barba cerrada. recebo cartas-de-amor numa língua que não entendo em que todas as consoantes têm cedilha mas sei que são cartas-de-amor a sério. respondo num turco imperfeito roubado num qualquer translate on-line.
continuo a achar que dançar foi a melhor coisa que Deus inventou. a seguir a isso só as tardes de mulheres a arranjar as unhas à volta de uma mesa. escolher a cor é um ritual secreto que se vai confundindo entre conversas sobre os idiotas que nos perseguem. depois vem uma gargalhada, depois um conselho faz assim, por fim a combinação para a próxima vez.