
parece que todos os domingos não conseguem ser de outra forma. deitada na cama a pensar nas imbecilidades que fez no fim-de-semana. uma catadupa de tarefas por resolver, o quarto que não se arruma sozinho e o silêncio ensurdecedor com que a casa fica à tarde. não há nada que possa piorar, e ela sabe disso. estranhamente vê-se numa situação que sempre desejou mas não está a gostar de vivê-la. não tem medo do escuro, nem medo de dormir de janelas abertas, mas tem medo de exteriorizar o que está a sentir naquele momento. ela só queria ser pequenina de novo, quando não sabia o que era o amor.