naquela noite ficámos parados durante o máximo de tempo possível em frente à montra da loja de movéis para casas. admirávamos os cenários que criaram e imaginávamos que aquela seria a nossa casa. tinhamos uma sala espaçosa com um plasma, um quarto como sempre desejei e direito a outra cama, tudo tamanho de gigantes. o cenário montado da casa imaginária fazia sentir-me pequenina, mas um pequenina da mesma forma como me sentia nos teus braços, daquele segura e confortável. viamos o nosso reflexo no vidro da montra, abraçados e a imaginar o nosso futuro por tempo suficiente para sabermos que éramos felizes. não nos engánamos, nós éramos felizes. tínhamos pausas com direito a intervalos extras de tanta felicidade. o que sobrou é que não foi muito.