ela usava inverno no coração e mexia-se como primavera. era subtil, agradável e odiava ficar à espera. muito mais do que do amor, sabia da morte, tantas vezes que a vida lhe testou a sorte. ela sorria mesmo quando não queria, só para os outros não saberem o que sentia. amou a vida inteira, pequenas coisas que guardava na algibeira; amou a vida inteira, pequenas pessoas que lhe transformaram os sonhos em poeira. é hoje mais sábia e ponderada, moderadamente feliz mas profundamente marcada.