agitada e noites sem descanso. é assim que me encontro. todas as madrugadas se inserem novos sonhos, cada vez mais estranhos, cada vez mais assustadores, cada vez mais envolventes, na minha mente já exausta. hoje foi mais um, que me envolveu até aos ossos e me fez temer ter perdido a parte mais integra que ainda mantenho. foi negro, e ao mesmo tempo branco, muito branco, com aquelas paredes de hospício, com aquelas escadas intermináveis que conhecia como a palma da minha mão, com aquele corpo, com aquelas pessoas mortas por dentro. e eu que me sentia em casa ali, com as paredes de hospício, com as escadas sem fim, com aquele corpo e com aquelas pessoas desprovidas de interior. tive medo e não consigo fazer com que ele passe.