respirei fundo e contei mais um ano. 3, já lá vão 3 e ainda sinto a água na garganta como se tivesse sido ontem. ainda arranha, às vezes, ainda sufoca. 
respirei fundo e entrei novamente no mar, com o maior respeito que aprendi a ter. durante três anos, não há uma única onda em que eu mergulhe sem me lembrar da cara dele, a abanar a cabeça em sinal de desistência quando viemos finalmente ao de cima. 
já se foram 3 anos e parece-me ter sido ainda ontem que ele nadou no sentido contrário.