
sentavas-te na beira da cama e olhavas para mim. eras capaz de me atravessar a alma com os olhos e usavas isso a teu favor. olhavas para mim como quem pedia alguma coisa e depois sorrias, aquele sorriso. não gostares de mim, nem nunca o teres feito, não é de todo algo que me incomode. aliás, incomoda-me muito mais o facto de nem me importar com isso, nem querer saber. devíamos querer sempre que as pessoas gostassem de nós não é? já nem falo em amor mas gostar, genuinamente. simplesmente eu já não quero saber. tenho pena de ter ficado assim, tenho realmente pena.