
tinhas os olhos cor de petróleo e tudo em ti era inverno. eu continuo a ser primavera, a tocar calmamente nas pessoas como se fossem bonecas de porcelana, a falar em sussurro não fosse alguém que não entende ouvir-me, a querer pegar nas coisas mais importantes e metê-las numa mala para poder fugir de invernos e olhos cor de petróleo. eu não sou feita disso. já fui, há muito tempo atrás, mas não sou mais. quero fugir de ti e nunca tive muita paciência para jogos de gato e rato portanto deixa-me ir. por favor.