não acreditei em nada do que estávamos ali a fazer. não havia ponta de verdade. ligaste-me na noite seguinte a horas impróprias e um carro buzinou passado um minuto. eras tu, eu sabia que eras tu. foi por isso que não hesitei um segundo em fechar todas as portadas, desligar o telemóvel e cair num sono profundo novamente. a paciência estava-se a perder.
dói-me a cabeça, numa dor que não passa. tenho diferentes pilhas de roupa ao longo da casa, a cozinha espera avidamente por ser arrumada de vez e um monte de trabalhos que se vão acumulando em cima do prazo. o volume de tudo está alto demais, sempre alto demais e começou a trovejar lá fora. eu lembro-me de gostar destas tempestades, onde me entretinha entre mantas e canecas de chocolate quente.