cadeira de verga no novo terraço e manta por cima das pernas. já não me sabe a verão desde o inicio e por isso andei a esperar por setembro. lembraram-me ontem que o verão já foi, já passou e eu fiquei triste.. fiquei triste porque vou sempre tarde.
casa nova e há já duas semanas que o silêncio se apodera dela de tal forma que convido gente que me preencha o sofá. gosto de ouvir risos a propagarem-se pelas divisões e conversas descontraídas sob a mesa, gosto que digam que já não há espaço para se sentarem e que me ajudem nas refeições. nunca nada sabe melhor do que se sentar à mesa e, ao olhar para cada uma daquelas pessoas, saber que tenho alguém por lá e que sabe como eu sou mas não se importa.
eu sempre achei que quando fosse viver sozinha já teria certa idade, com estudos a serem concluídos e com outras experiências acumuladas. parece que não foi assim. dezassete anos recentes e já há um silêncio quase doentio que paira em cada esquina. meus amigos... o silêncio não é bom para com os que estão sozinhos, garanto-vos.
and then one student said that happiness is what happens when you go to bed on the hottest night of the summer, a night so hot you can't even wear a tee-shirt and you sleep on top of the sheets instead of under them, although try to sleep is probably more accurate. and then at some point late, late, late at night, say just a bit before dawn, the heat finally breaks and the night turns into cool and when you briefly wake up, you notice that you're almost chilly, and in your groggy, half-consciousness, you reach over and pull the sheet around you and just that flimsy sheet makes it warm enough and you drift back off into a deep sleep. and it's that reaching, that gesture, that reflex we have to pull what's warm - whether it's something or someone - toward us, that feeling we get when we do that, that feeling of being sad in the world and ready for sleep, that's happiness.
paul schmidetberger
não sou de arrependimentos mas juro que se me convidasses para ir dar uma volta agora tinha aceite sem sequer olhar para trás ou responder a mais mensagens.
o gato de cheshire sempre teve o meu total fascínio incompreensível para a maioria das pessoas. o que à maioria metia medo por tão sinistro que era, a mim fazia-me ficar colada ao ecrã da televisão da sala a ver o seu sorriso. lembro-me que adorava ver desaparecer a sua figura rosa às riscas, ainda na versão da disney, e repetia vezes sem conta as cenas em que aparecia. para mim era um génio no limiar da loucura, tal e qual como todos deviam ser. a única personagem animada que me consegue prender ao ecrã a tempo inteiro ainda hoje, só para ir tentando entender mais um bocadinho. we're all mad here, continua a ecoar.