acordo. foram todos embora, tenho o caos imaginário e desgastante. albergo em mim algo estranho, não quero, não posso fazer caso, faço-me dormir. faço-me despertar mais uma vez com um grito e por hoje o meu sono não pode mais. ando. ando até à cozinha para ver o que tenho, encho-me com nada, nada mais há. a tristeza ficaria bem mas nem o gira discos quero ligar. vagueio em casa, vendo onde fica melhor a podridão e encaixo-a no sítio indicado, debaixo da tua cama. procuro algo que tenha sobrado para beber, não bebo mais que o doce vento. faço-me sair de casa, não a encaro mais hoje. antes da triste fuga, vejo algo deixado na mesa, corro para ler. «tragédia, traz-me flores». era a noite.